Fazenda Traituba |
A próxima parada seria em Cruzília a 36 Km dali com só um pequeno pedaço de asfalto próximo da chegada.
Escola na beira da estrada parada para nos ver passar |
No caminho uma situação inusitada. Ao passarmos por um vilarejo em que as crianças jogavam futebol após as aulas, já que as mochilinhas descansavam serenas nas proximidades, todas elas pararam o jogo e se viraram para nos ver passar e acenar. Talvez o único carro visto naqueles dias atravessando aqueles caminhos!
Outra grata surpresa foi encontrar um andarilho, um senhor de Floripa, que havia começado a caminhada desde Diamantina e já estava há 15 dias percorrendo os caminhos da Estrada Real. Paramos para saudá-lo e ele muito simpático explicou rapidamente que começava a jornada todos os dias por volta das 6 horas da manhã e que parava por vota das duas. Eram em torno de 8 horas de caminhada diária. Ele estava muito inteiro e senhor de si. Ante uma brincadeira de querermos dar uma carona para ele, riu e insinuou de ficar com o meu chapéu da Estrada Real de que gostou muito. Rapidamente disse que era o último deste tipo que havia encontrado. Não sabia que depois encontraria uma Loja Virtual que os vende pois talvez até tivesse dado o boné para ele. Ou não? De qualquer forma, fica aqui uma promessa, entre em contato que esta é uma dívida que faço questão de pagar em troca de saber como terminou a sua aventura.
Igreja de Cruzília |
Cruzília é a cidade dos queijos e logo paramos numa loja de fábrica bem na beira da estrada mas não foi fácil ser atendido pois estava lotada com os quatro seguranças de uma transportadora de valores e resolvemos ir comer o queijo no centro da cidade mesmo. Mas a loja é bem montada e com uns queijos que pareciam estar gostosos mas muito caros para serem direto da fábrica...
O centro de Cruzília, cidade pequena e muito pacata, mas bem limpa e com jeito de interior.
Igreja de Baependi |
De Caxambu a São Lourenço |
Estação de trem |
A chegada a São Lourenço nos apresentou uma cidade que nos impressionou.
Logo na entrada a estação de trem bonita e bem cuidada. Imaginamos que deve ter bonitos passeios pois a Maria-fumaça estava lá ao lado muito bem cuidada. À frente, imensos jacarés e garrafas tamanho grande de águas minerais enfeitavam as esquinas.
Nesta altura do caminho, como nós íamos dormir em um hotel e deixar o nosso Suzuki em outro? Além das complicações do transporte das malas achamos que isto não ia dar certo! Tínhamos também a opção do Colonial, ali do lado e em frente ao Lago, mais barato mas parecendo bem mais antigo.
Vista noturna do lago de São Lourenço |
Fomos ver como era o Central Parque e, apesar do preço maior, não tivemos dúvidas que neste dia este era o que queríamos. Um prédio moderno e com varandas viradas para o parque é o de que precisávamos para repor as energias.
Diferente dos outros dias quando chegamos ao hotel ainda não havia anoitecido. Foi bom que tive tempo neste dia de dar uma descansada antes de nos prepararmos para sair e conhecer a cidade.
Saímos à noite e descobrimos que pelo menos grande parte da vida noturna de São Lourenço era ali por perto. Andamos até uma rua fechada ao tráfego e com barzinhos ao longo dela. A cidade estava bem animada mas havia uma quantidade grande de pessoas da terceira idade e as músicas de shows que escapavam dos hotéis próximos eram dirigidas a eles. Vando e Roberto Carlos são campeões. O que me decepcionou um pouco foi o serviço dos visualmente bem montados locais espalhados próximos ao parque e da rua fechada. Um deles expunha um recado dizendo que estava à venda bem na porta... Nos apressamos a escolher outro local. Neste outro, só havia uma garrafa de cerveja escura que muito animado o dono nos afirmava que tinha procurado com afinco.
Apesar desta falta de atenção, a noite foi muito agradável e nos divertimos comentando sobre as pessoas que passavam e curtindo o friozinho que apertava.
Comemos uns tira-gostos e uma sopa e voltamos para o hotel onde pudemos aproveitar mais daquela linda vista de nossa varanda.
Fog na manhã de São Lourenço |
Tomamos um excelente café da manhã e dei uma saída para a minha constante procura de adesivos para enfeitar o nosso Suzuki. Em São Lourenço, eu tinha certeza de que ia achar. Mas que nada!
Nos apressamos então para aprontar as coisas e correr para a nossa próxima jornada. Desta vez, eu pensei, não teria dificuldades. Uma das planilhas que achei na Internet dizia que o marco da Estrada Real era do lado da Estação Rodoviária. Nada mais fácil, desta vez eu sairia desde cedo pela Estrada Real de verdade.
Com jeito de Caminho velho da Estrada Real |
Prezado senhor Moacir Ladeira.
ResponderExcluirNós do hotel Central Parque ficamos muito orgulhosos por ter incluído nosso nome e algumas fotos, esperamos ter atendido dentro do seu gosto e nos colocamos a disposição para as próximas viagens.
Att,
Hotel Central Parque.